A busca por tratamentos estéticos
masculinos
Até pouco tempo, era muito
difícil ver um homem no mesmo salão de beleza das mulheres. Quando muito, havia
pequenas salas reservadas a alguns deles que, preocupados em acompanhar a moda,
buscavam um corte de cabelo mais fashion ou queriam fazer as unhas
discretamente. Ainda existem cabeleireiros que reservam uma sala para a ala
masculina, mas em geral, hoje em dia, o espaço é dividido com o público
feminino sem qualquer problema. Afinal, homem também pode ser vaidoso. E não
precisa ter vergonha de mostrar que é.
“Cada vez mais a sociedade exige
deles um aspecto estético melhor, especialmente para aqueles que lidam
diretamente com o público, como os executivos comerciais”, explica a médica
Helua Mussa Gazi, diretora da Clínica de Dermatologia Belle Santé, em São Paulo.
Segundo os especialistas no assunto, antes da vaidade propriamente dita, o que
eles buscam é sentir-se bem. Esta sensação faz parte de uma melhora geral da
qualidade de vida. E, nesse aspecto, entra a autoestima. “Em geral, o homem não
gosta de lidar com o termo vaidade. Ele quer estar bem em todos os aspectos da
vida e, por isso, vai atrás de tratamentos estéticos, cirúrgicos ou não”,
completa o cirurgião plástico Sérgio Aluani, proprietário da Clínica Aluani, de
Cirurgia Plástica e Estética, também em São Paulo.
O médico faz uma simples
comparação para mostrar o que o homem enfrenta nos atuais ambientes de
trabalho: “Se há dois profissionais com capacidades similares para o cargo, o
que tem melhor aparência conquista a vaga, porque este é mais um ponto positivo
para ele”. O mercado exige isso também.
Cuidados especiais
A postura de assumir que gostam
de se cuidar e de se arrumar surgiu entre os homens, de forma mais assumida,
nos últimos 10 anos. Aluani acha que, de 2005 para cá, ocorreu um aumento de
40% na frequência do público masculino em sua clínica.
Na verdade, a descoberta da
vaidade dos homens nos tempos mais recentes veio à tona com o surgimento do
termo metrossexual, criado pelo escritor inglês Mark Simpson. Significa, ao pé
da letra, um homem urbano preocupado com sua aparência, ou seja, vaidoso ao
extremo, como o autor mesmo define. Mas foi em 2002 que o uso se popularizou,
quando Simpson apontou o jogador David Beckham como um ícone dos metrossexuais.
Porém, a ala masculina não gosta
desse termo. “Ficou mais pejorativo. Quem é metrossexual assumido não liga de
ser chamado assim, mas os que buscam melhorar sua autoestima podem até ficar
inibidos ao ouvir falar que fazem parte dessa categoria”, ressalta Aluani.
Os cuidados masculinos variam
muito. Um homem que gosta de um bom perfume, um corte de cabelo moderno, uma
barba bem aparada e roupas bonitas estão, sim, se importando com sua aparência.
Há aqueles que buscam tratamentos corretivos contra cicatrizes de acne,
implantes de cabelos, correção de orelhas de abano porque querem sentir-se
melhor.
Existem os que preferem estar
mais bonitos e ainda lutam contra a idade para postergar a “juventude”. É o
caso de quem busca cirurgias faciais. E há aqueles também que consideram
cuidar-se quando praticam exercícios físicos e mantêm uma alimentação saudável.
Esse é o caso do empresário do
ramo de cosméticos Daniel Tambellini, de 34 anos, de São José do Rio Preto
(SP). Ele gosta de se exercitar para diminuir o estresse diário. A cada dia,
Tambellini pratica um esporte diferente, como corrida, natação, futebol, porque
ele detesta rotina. A alimentação saudável faz parte do cotidiano. Entre seus
cuidados especiais estão passar gel nos cabelos, protetor solar fator 30 no
rosto e hidratante para o corpo. Para completar, ele gosta de usar a o
desodorante Dove da linha Men+Care. “Tem mais cheiro de homem.”
Em duas fragrâncias, Extra Fresh
e Clean Comfort, ele é um antitranspirante com fórmula hidratante, que atua 24
horas na pele, deixando-a suave e perfumada o dia inteiro.
Fonte: http://www.portalvital.com