por Natália Vizza
O aumento de peso, os enjôos, as dores na coluna e as contrações são apenas alguns dos fatores que ocorrem na vida de uma mulher que está prestes a ser mãe. Afinal, gerar um filho, educá-lo e dedicar parte da sua vida para outra pessoa é um papel muito especial. Mas será que as mulheres estão preparadas para tantas mudanças físicas? Será que existe alguma maneira da mulher saber se realmente está preparada para ser mãe?
“Essa resposta acontece a partir do momento em que ela se entrega à vontade de ser mãe, pensa e acha que tem relação com a maternidade. Assim, ela sonha em ser mãe, pensa sobre isto, se organiza em torno disto e escolhe transformar o sonho em realidade”, explica a assistente social, terapeuta comportamental e especialista em feminino, Ramy Arany, do Instituto KVT.
Ok! Nem sempre a gravidez é planejada e a primeira pergunta que vem à cabeça é de como lidar com a situação. Afinal, é nesse período que aparecem os fantasmas dos medos: de não saber cuidar do bebê, de não conseguir dar conta de tudo que é necessário fazer e ainda ter uma criança para cuidar. Ramy Arany explica que é importante que a mulher se permita a sonhar e idealizar os momentos da maternidade para se adaptar a nova rotina.
Com tantas mudanças físicas, é importante manter a rotina do exercício físico, sempre com a orientação de um especialista. A hidroginástica e a natação são atividades recomendadas por causa do baixo nível de estresse articular e efeito diurético. A caminhada, o alongamento e ioga, também estão na lista dos exercícios mais indicados para as gestantes. Mas conversar com o médico obstetra antes de fazer qualquer atividade física é imprescindível.
Até os cuidados básicos devem ser redobrados durante a gravidez. As grávidas têm uma maior predisponibilidade a ganhar cáries. Você sabia? Pois é. “A gestante costuma ter uma considerável alteração no pH bucal, que acaba tornando o ambiente mais suscetível ao surgimento de cárie e inflamações na gengiva, que fica mais sensível nesse período”, explica Patrícia Alves Oliveira, da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia,
Cuidar da mama durante o período da gestação é outro cuidado fundamental, vale enumerar as dicas da especialista, siga tudo direitinho e no final da gestação, mesmo após a amamentação, você continuará com mamas lindas:
1- Use suporte mamário durante toda a gestação, mesmo na hora de dormir. Os sutiãs mais indicados são aqueles com bom suporte, confortáveis e com alças grossas. As mulheres que se sentirem incomodadas para dormir com sutiã devem optar por um top mais confortável ou então alguma blusinha mais justa. O que não vale é deixar as mamas soltas.
2- Hidrate a região fazendo movimentos circulares. “Porém, a gestante não deve passar creme nem na auréola do peito e nem no mamilo, por serem mucosas que, eventualmente, são mais sensíveis”, alerta a médica.
3- “Experimente tomar banho de sol de 10 a 15 minutos naqueles horários permitidos, ou seja, antes das dez manhã e depois das quatro da tarde. Isso fortalece o mamilo para a amamentação e o impede de apresentar rachaduras mais tarde”, sugere Patrícia.
4- Assim que fizer seu primeiro pré-natal, peça para o médico avaliar seus mamilos. Há um posicionamento adequado para a amamentação e, caso seus mamilos não estejam nessa posição, o médico deve lhe passar sessões de exercícios de massagem para já direcioná-los da maneira correta. “Isso deve ser feito já na primeira consulta, quando o médico deve avaliar se as mamas precisam de uma atenção especial”, explica a médica.
Mas enfim, quando o corpo volta ao normal? Isso depende do tipo de parte que a gestante teve (cesária ou normal). Segundo Patrícia Oliveira, o corpo só volta à estaca zero, ou seja, idêntico ao que era antes do parto, em um ano. “Tanto é que os médicos proíbem qualquer intervenção cirúrgica durante esse período”, explica. E nada de pressa para emagrecer. Respeite os seus limites e não invente dietas. Consulte um nutricionista, se for o caso. “Se tudo der certo, a mulher consegue perder o peso adquirido com a gravidez de maneira saudável em três ou quatro meses. Só para se ter noção, em 40 dias nem o útero voltou ao normal”, finaliza Patrícia.
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