
Chefe do serviço de Psicologia do Hospital Santa Paula
A insatisfação com relação ao próprio corpo tem levado muitos jovens entre 13 e 19 anos a consultar um cirurgião plástico. De acordo com a American Society of Plastc Surgeons, em 2006 houve mais de 240 mil procedimentos, que vão da depilação a laser a lipoaspiração. Estudo recentemente divulgado pelo Hospital das Clinicas de São Paulo comprova que 67% das mulheres entre 10 e 20 anos não estão satisfeitas com seu corpo. De acordo com o professor Luiz Gonzaga Leite, chefe do serviço de Psicologia do Hospital Santa Paula, há uma pressão externa muito grande em relação aos padrões de beleza, que inclusive não leva em conta o biótipo da brasileira. “Por uma questão cultural, o corpo ‘ideal’ está relacionado ao mercado de trabalho, às questões afetivas e de relacionamento. Hoje em dia, a grande maioria dos jovens não encara a obesidade do ponto de vista da saúde, mas da estética. E essa tem sido a causa de sofrimento, depressão e de comportamento de esquiva social, que prejudicam a qualidade de vida desses jovens”, diz o psicólogo. Ao lado de cirurgia plásticas que costumam ser recomendada quando se trata de evitar problemas referentes à auto-aceitação e ao convívio social, como as correções de orelhas de abano (bem indicadas na adolescência), rinoplastia estética (indicadas a partir dos 15 anos) e ginecomastia (redução do peito masculino), começam a vigorar a lipoaspiração, as próteses de silicone e as aplicações de toxina botulínica. Em 2006, segundo a entidade americana, foram registrada quase 48 mil rinoplastias, 10 mil otoplastias, nove mil cirurgias de aumento de mamas, 14 mil ginecomastias (+21%) e 4,7 mil lipoaspirações (+12%). “Alertar tanto as jovens quanto seus pais que a lipoaspiração é contra-indicada antes dos 18 anos é um dever profissional. Cabe ao cirurgião plástico ter uma longa e explicativa conversa sobre o procedimento antes de tomarem qualquer decisão. Com relação à cirurgia de aumento das mamas, parece estar se transformando em ‘tendência’. A menina mal completou o ensino médio e já quer colocar próteses de silicone”, diz o cirurgião plástico Fabrício Torres, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Torre teme a banalização da cirurgia plástica por parte do público jovem. “Temos de deixar claro que uma cirurgia plástica, seja para eliminar gordura localizada ou aumentar os seios, envolve os mesmos riscos de qualquer outro procedimento cirúrgico. Não se trata de uma decisão baseada apenas no poder aquisitivo, mas na maturidade da paciente”.
Informações: (11) 3040-8000
www.santapaula.com.br
A insatisfação com relação ao próprio corpo tem levado muitos jovens entre 13 e 19 anos a consultar um cirurgião plástico. De acordo com a American Society of Plastc Surgeons, em 2006 houve mais de 240 mil procedimentos, que vão da depilação a laser a lipoaspiração. Estudo recentemente divulgado pelo Hospital das Clinicas de São Paulo comprova que 67% das mulheres entre 10 e 20 anos não estão satisfeitas com seu corpo. De acordo com o professor Luiz Gonzaga Leite, chefe do serviço de Psicologia do Hospital Santa Paula, há uma pressão externa muito grande em relação aos padrões de beleza, que inclusive não leva em conta o biótipo da brasileira. “Por uma questão cultural, o corpo ‘ideal’ está relacionado ao mercado de trabalho, às questões afetivas e de relacionamento. Hoje em dia, a grande maioria dos jovens não encara a obesidade do ponto de vista da saúde, mas da estética. E essa tem sido a causa de sofrimento, depressão e de comportamento de esquiva social, que prejudicam a qualidade de vida desses jovens”, diz o psicólogo. Ao lado de cirurgia plásticas que costumam ser recomendada quando se trata de evitar problemas referentes à auto-aceitação e ao convívio social, como as correções de orelhas de abano (bem indicadas na adolescência), rinoplastia estética (indicadas a partir dos 15 anos) e ginecomastia (redução do peito masculino), começam a vigorar a lipoaspiração, as próteses de silicone e as aplicações de toxina botulínica. Em 2006, segundo a entidade americana, foram registrada quase 48 mil rinoplastias, 10 mil otoplastias, nove mil cirurgias de aumento de mamas, 14 mil ginecomastias (+21%) e 4,7 mil lipoaspirações (+12%). “Alertar tanto as jovens quanto seus pais que a lipoaspiração é contra-indicada antes dos 18 anos é um dever profissional. Cabe ao cirurgião plástico ter uma longa e explicativa conversa sobre o procedimento antes de tomarem qualquer decisão. Com relação à cirurgia de aumento das mamas, parece estar se transformando em ‘tendência’. A menina mal completou o ensino médio e já quer colocar próteses de silicone”, diz o cirurgião plástico Fabrício Torres, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Torre teme a banalização da cirurgia plástica por parte do público jovem. “Temos de deixar claro que uma cirurgia plástica, seja para eliminar gordura localizada ou aumentar os seios, envolve os mesmos riscos de qualquer outro procedimento cirúrgico. Não se trata de uma decisão baseada apenas no poder aquisitivo, mas na maturidade da paciente”.
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