By: Ligia Lima.
Ter um estilo próprio vai além da moda. Não adianta querer ter o corte ou a coloração do cabelo de determinada celebridade se aquele modelo não combina com seu estilo.
Descobrir o look que combina com cada personalidade também não significa que a moda será deixada de lado, pelo contrário, mostra que nos preocupamos em mostrar aquilo que temos de melhor e sabemos trazer a tona o que nos faz ser únicos e especiais.
Mas o que tem o visagismo a ver com isso? Tudo!
Antes de escolher um corte de cabelo, uma coloração, o design das sobrancelhas e até mesmo a maquiagem, é preciso analisar o físico da pessoa, levando em conta o formato do rosto, as feições, o gestual, a cor da pele e também considerar a personalidade, a profissão e os gostos pessoais.
A imagem da pessoa fala por ela mesma e por isso o visagismo não se prende a padrões. A preocupação é valorizar os pontos fortes e adaptar a moda ao estilo de cada um.
Quantas vezes você olhou para uma pessoa e de repente não simpatizou com essa pessoa?
Já acontecem inúmeras vezes não? E será que você já se perguntou por que isso acontece? As pessoas criam uma série de explicações que incluem desde motivos místicos como “diferenças de energia” passando pelo clássico “não fui com a cara de fulano tal”.
Mas, será que a imagem da pessoa em questão não foi o grande vilão desta história?
Será que talvez o fato das linhas desta pessoa não se adequarem a você, fez com que você não simpatizasse com esta pessoa? O que tudo isto tem em comum? Tudo, mas absolutamente tudo que olhamos é formado por alguns tipos básicos de linhas.
Na natureza encontraremos quatro tipos básicos de linhas que mesclam e formam outros tantos tipos.
E o que a sua imagem pessoal tem a ver com isso?
Muito, levando em consideração que se você se olhar no espelho agora verá um conjunto harmônico de linhas, poderá perceber que o nariz às vezes é triangular, que os olhos são redondos e que muitas vezes temos testa, sobrancelha e algumas outras partes do rosto retas.
Mas, deixe me entender, como as linhas influenciam no que a gente vê?
O visagismo começou a ser desenvolvido a partir de 325 D.C com Hipócrates e graças a pesquisa de alguns brilhantes neurologistas, o estudo de renomados psicólogos como Carl G. Jung e de pessoas como Fernand Aubry (o criador do termo visagismo), hoje sabemos que nosso cérebro processa as informações de forma muito peculiar e sabemos que reage a estímulos visuais graças a determinadas áreas.
Recentemente foi descoberto que no cérebro humano existe uma área especifica apenas para processar primeiras impressões e sentimentos relativos a essas impressões e essa área leva apenas vinte segundos para isso.
Próximo ao Hipotálamo existe uma parte do cérebro chamada amigdala a qual tem como função, processar as reações do cérebro, em relação as chamadas informações primitivas, que foram transmitidas através da informação genética de geração em geração.
Opa! Não entendi absolutamente nada do que você falou…
Vamos explicar de uma forma mais fácil: Durante milhares de anos, o ser humano tem se deparado com uma série de obstáculos, predadores naturais e sensações estimulantes, através da associação de todas essas linhas com o sentimento que elas produziram, o cérebro aprendeu a ter determinadas reações diante de certos estímulos visuais.
Observando essa interação do homem com o meio, Jung interpretou os símbolos e criou um conceito psicológico desta relação e através deste conceito nascia o Visagismo. Visage é uma palavra francesa que significa rosto, face e o sufixo "ismo" quer dizer estudo.
Dai temos o visagismo como estudo da face. A gente reconhece uma pessoa pelo rosto dela, não pelas mãos nem pelos pés, mas pela face. Dai o rosto ser considerado ponto chave para uma analise da identidade visual.
Para poder criar o senso da imagem pessoal precisamos ter em mente que as linhas são o fator principal para nossa analise e que C.G.Jung dividiu estas linhas em quatro de acordo com as emoções que elas transmitem.
Linhas de força:
São as linhas retas, horizontais ou verticais geralmente simbolizam a força ou barreira. Manifestam-se em rostos retangulares, sobrancelhas retas, queixo quadrado, entre várias outras características.
Linhas de movimento:
Aquelas linhas inclinadas, que se movimentam e mudam de direção, são chamadas de linhas de movimento. Podemos observar em rostos triangulares, hexagonais, sobrancelhas arqueadas, queixo triangular, etc..
Linhas onduladas:
Como o nome diz são as linhas onduladas, sinuosas. Encontradas geralmente em rostos ovais, em linhas finas nos lábios e sobrancelhas, queixos retraídos e mais algumas características.
Linhas redondas: geralmente tem perfil bastante redondo tanto em olhos, rosto e outras linhas. São típicas das pessoas chamadas de “bonachões”.
É importante também saber avaliar qual parte do rosto é dominante nesta pessoa, se é o lado intuitivo, emocional ou racional. Com base nestas avalições poderemos determinar como trabalharemos a imagem desta pessoa.
Se em tudo que vemos existe linhas então no nosso rosto temos vários tipos de linhas e o cabelo por si só é um atenuador ou acentuados do que essas linhas têm para dizer.
Além disto, temos por base, o fato que geralmente mostramos aquilo que esta dentro de nós. Por isso dizemos que o conceito do visagismo existe para equilibrar aquilo que vemos/mostramos, com o que sentimos.
Quantas vezes você viu um juiz com os cabelos cacheados jogados ao vento como um surfista?
Quantas vezes você viu uma noiva com um vestido preto reto e sem detalhes? Posso dizer que raras vezes isso acontece nos chocamos um pouco. Justamente pelo fato de que como nos vestimos, cortamos o cabelo e até nos mexemos dizem muito sobre nós.
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